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quarta-feira, 31 de julho de 2019
O gato e o canário
Naquela casa vivia um casal, cada um tinha o seu bicho de estimação, a esposa tinha gato siamês que vivia dormindo em qualquer canto, sobre o sofá, cama e qualquer outro lugar que não pudesse ser incomodado. O marido tinha um canário que cantava a maior parte do tempo, mesmo estando preso em uma gaiola.
João era muito cuidadoso e colocava a gaiola em um local onde era praticamente impossível que o gato de Carla pudesse alcançá-lo e vir a devorá-lo. Carla mantinha o gato sempre bem alimentado, mas isso não impedida que ele tivesse vontade de transformar o pequeno canário em jantar.
O gato sabia que se devorasse o canário não teria perdão, mas naquele dia, sua dona acabou saindo de casa atrasada e esqueceu de colocar a comida em sua tigela. A fome apertou, o gato poderia sair porta afora, caçar algum passarinho ou qualquer outra coisa, isso se não estivesse trancado dentro de casa. Ele ainda tentou encontrar algo para comer, mas foi inútil. A única alternativa seria devorar o canário, mas para isso precisava arranjar um jeito de alcançar e de abrir a gaiola.
O canário não estava gostando nada daqueles olhares fixos em direção à sua gaiola, ele sabia que se o gato alcançasse a gaiola, ele seria presa fácil, mas não tinha como fugir, nem como pedir socorro, seu dono só chegaria em casa algumas horas mais tarde.
Depois de muitos minutos de apreensão por parte do canário, ele viu que o gato subiu em cima da mesa e de lá saltou sobre um armário. A distância ainda era grande, mas era perfeitamente possível que o gato tentasse saltar sobre a gaiola. Foi isso o que ele fez, mas a gaiola balançou e o gato acabou se desequilibrando e veio a cair ao chão novamente, em pé como costumam cair os gatos. Mas antes que ele tivesse tempo de se lamentar por seu fracasso, a gaiola que ainda balançava, acabou caindo, atingindo o gato na cabeça, matando-o no mesmo momento.
Com o impacto a gaiola se abriu e o canário conseguiu se libertar, bastante assustado, mas sem ferimentos. Ele então voou para o alto do armário e olhou para o gato que já não podia mais fazer mal algum a ele. Certamente que poderia fugir, procurar a total liberdade, mas não tinha como.
Horas mais tarde, Carla chegou e se deparou com o gato sem vida, estirado no chão, logo entendeu o que havia acontecido, mas custou a acreditar que os dois animais tivessem tido o mesmo destino.
João chegou logo em seguida e encontrou a esposa chorando a morte do gato, pensou no pior, mas então olhou para o alto e viu seu canário sobre o armário. Ele correu fechar a porta e então conseguiu capturar o canário novamente, colocando-o em segurança em sua gaiola.
João não culpou o gato pelo ocorrido, até mesmo ficou com dó do bichano e seu fim trágico. Carla não quis arranjar outro gato, desta vez teria um cachorro, assim não teria risco da cena se repetir. O canário contou com a sorte, se a gaiola não tivesse acertado a cabeça do gato, ele teria se tornado o seu jantar.
Moral da história: animais não pensam como a gente, agem por instinto, no entanto, conseguem fazer coisas que muitas vezes parecem ter sido planejadas. O homem por sua vez, pensa, age de acordo com a sua capacidade e inteligência e mesmo assim muitas vezes é capaz de cometer coisas absurdas, impensadas, muito pior do que os próprios animais.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
O natal da bicharada
Numa grande floresta morava um pássaro que de vez em quando saía para passear e sobrevoava as grandes cidades. Era mês de dezembro e ele percebeu que a cidade estava mais enfeitada do que o normal. Mas apenas ao entardecer quando o sol já estava começando a sumir no horizonte, foi que ele viu a beleza das luzes dos enfeites e das grandes árvores de natal que existiam por todos os lugares.
Imediatamente o pássaro retornou para a floresta e convocou uma reunião de emergência.
A bicharada não sabia do que se tratava, mas pensava que era algo muito importante e que não poderia esperar para ser discutido até o amanhecer. Eles estavam receosos pensando que a floresta corria o risco de ser invadida e destruída pelos humanos.
O pássaro que era um tucano também era o principal líder do grupo.
— Silêncio bicharada. Tenho algo muito importante a dizer.
— Eu estive na cidade hoje e vi que ela está toda enfeitada.
— Claro! É época de natal — respondeu a coruja que estava na árvore ao lado.
— Por favor, espere eu falar — falou o tucano e continuou.
— A cidade está muito bonita e tudo aquilo foi construído por humanos depois que destruíram a floresta e ergueram a cidade. Por que nós também não podemos deixar a floresta enfeitada igual a cidade?
— Isso é loucura, nós não temos mãos igual a eles — respondeu a cobra mal humorada.
— Minhas mãos são praticamente igual a de humanos — respondeu o macaco pendurado em um galho qualquer.
Depois de muita discussão finalmente eles chegaram a um acordo. Cada um seria responsável por procurar enfeites para que fossem colocados na grande arvores que ficava no centro da floresta. Cada bicho trouxe alguma coisa, cipós, flores e o macaco com sua turma se encarregaram de colocar todos os enfeites na árvore. Para completar ainda organizaram um bicho secreto e cada um arranjou uma lembrancinha para entregar aos outros bichos.
Quando tudo estava pronto todos os animais estavam ao redor da grande árvore enfeitada.
— Espere! Ainda falta alguma coisa — disse o tucano desanimado.
— Mas está perfeita — respondeu o tamanduá.
— Ainda faltam as luzes e não temos como iluminar a árvore — disse o tucano muito triste.
Foi então que a coruja teve uma grande ideia. Ela foi conversar com seus amigos noturnos e eles aceitaram ajudar.
Uma grande nuvem de vagalumes sobrevoou a floresta e foi em direção a árvore. Cada vagalume se posicionou em um lugar diferente e então começaram a piscar suas luzes. A árvore ficou linda com os enfeites e as luzes brilhando.
Todos os bichos ficaram emocionados com a beleza que eles criaram
O natal da bicharada foi maravilhoso, foi um momento mágico que nunca foi esquecido.
Imediatamente o pássaro retornou para a floresta e convocou uma reunião de emergência.
A bicharada não sabia do que se tratava, mas pensava que era algo muito importante e que não poderia esperar para ser discutido até o amanhecer. Eles estavam receosos pensando que a floresta corria o risco de ser invadida e destruída pelos humanos.
O pássaro que era um tucano também era o principal líder do grupo.
— Silêncio bicharada. Tenho algo muito importante a dizer.
Os animais então ficaram em silêncio para ouvir o que o tucano dizia ser tão importante.
— Eu estive na cidade hoje e vi que ela está toda enfeitada.
— Claro! É época de natal — respondeu a coruja que estava na árvore ao lado.
— Por favor, espere eu falar — falou o tucano e continuou.
— A cidade está muito bonita e tudo aquilo foi construído por humanos depois que destruíram a floresta e ergueram a cidade. Por que nós também não podemos deixar a floresta enfeitada igual a cidade?
— Isso é loucura, nós não temos mãos igual a eles — respondeu a cobra mal humorada.
— Minhas mãos são praticamente igual a de humanos — respondeu o macaco pendurado em um galho qualquer.
Depois de muita discussão finalmente eles chegaram a um acordo. Cada um seria responsável por procurar enfeites para que fossem colocados na grande arvores que ficava no centro da floresta. Cada bicho trouxe alguma coisa, cipós, flores e o macaco com sua turma se encarregaram de colocar todos os enfeites na árvore. Para completar ainda organizaram um bicho secreto e cada um arranjou uma lembrancinha para entregar aos outros bichos.
Quando tudo estava pronto todos os animais estavam ao redor da grande árvore enfeitada.
— Espere! Ainda falta alguma coisa — disse o tucano desanimado.
— Mas está perfeita — respondeu o tamanduá.
— Ainda faltam as luzes e não temos como iluminar a árvore — disse o tucano muito triste.
Foi então que a coruja teve uma grande ideia. Ela foi conversar com seus amigos noturnos e eles aceitaram ajudar.
Uma grande nuvem de vagalumes sobrevoou a floresta e foi em direção a árvore. Cada vagalume se posicionou em um lugar diferente e então começaram a piscar suas luzes. A árvore ficou linda com os enfeites e as luzes brilhando.
Todos os bichos ficaram emocionados com a beleza que eles criaram
O natal da bicharada foi maravilhoso, foi um momento mágico que nunca foi esquecido.
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