quarta-feira, 11 de julho de 2018

O coelho da páscoa

Sarah quando tinha quatro anos ganhou um coelho de presente. Seu pai não queria um cachorro porque faz muita bagunça e requer muita atenção.
A menina adorou o presente e sempre que podia pegava o bichinho no colo. O coelho era muito fofinho e gostava que Sarah ficasse acariciando seu pelo. Ele até fechava os olhos quando recebia carinho perto das orelhas.
O coelho era muito preguiçoso, só corria pelo jardim de manhã ou à tarde quando o dia estava fresco. No restante do dia ele ficava deitado apenas observando o movimento. De vez em quando ele saia correndo e se escondia dentro de casa, quase sempre ao se assustar com algum barulho e achar que estava correndo perigo.
Aquela era a primeira páscoa em que havia um coelho em casa. Quando o dia amanheceu a primeira coisa que Sarah fez foi ir até a casinha do coelho e verificar se os ovos estavam lá.
A menina ficou desapontada ao ver que não existia nada, além do coelho que também estava acordado.
— Mamãe! Mamãe! Gritou a menina.
— O que aconteceu minha filha?  — perguntou sua mãe levantando-se rapidamente da cama.
— O coelho que o papai comprou está com defeito — disse Sarah com a carinha triste.
— Por que você está dizendo isso?
— Eu fui olhar na casinha dele e não tem nenhum ovo de páscoa.
Sua mãe caiu na gargalhada.
— Minha filha! Coelhos não botam ovos da páscoa. Ele é apenas um símbolo que representa fertilidade.
— Então eu não vou ganhar ovos da páscoa?
— Claro que sim querida, mas não foram feitos pelo coelho, compramos no supermercado. Eles estão escondidos debaixo de sua cama.
A menina então correu para pegar os ovos de chocolate e ficou muito feliz.
Sarah não deixou de gostar do coelho por causa do ocorrido, mas agora ela sabia que coelhos não botam ovos, muito menos de chocolate.

Moral da história
A inocência de uma criança é algo que deve ser preservada ao máximo possível. Mas existem momentos em que a verdade é a única solução e coisa a ser dita.