Sarah quando tinha quatro anos ganhou um coelho de presente.
Seu pai não queria um cachorro porque faz muita bagunça e requer muita atenção.
A menina adorou o presente e sempre que podia pegava o
bichinho no colo. O coelho era muito fofinho e gostava que Sarah ficasse
acariciando seu pelo. Ele até fechava os olhos quando recebia carinho perto das
orelhas.
O coelho era muito preguiçoso, só corria pelo jardim de
manhã ou à tarde quando o dia estava fresco. No restante do dia ele ficava
deitado apenas observando o movimento. De vez em quando ele saia correndo e se
escondia dentro de casa, quase sempre ao se assustar com algum barulho e achar
que estava correndo perigo.
Aquela era a primeira páscoa em que havia um coelho em casa.
Quando o dia amanheceu a primeira coisa que Sarah fez foi ir até a casinha do
coelho e verificar se os ovos estavam lá.
A menina ficou desapontada ao ver que não existia nada, além
do coelho que também estava acordado.
— Mamãe! Mamãe! Gritou a menina.
— O que aconteceu minha filha? — perguntou sua mãe levantando-se rapidamente
da cama.
— O coelho que o papai comprou está com defeito — disse
Sarah com a carinha triste.
— Por que você está dizendo isso?
— Eu fui olhar na casinha dele e não tem nenhum ovo de
páscoa.
Sua mãe caiu na gargalhada.
— Minha filha! Coelhos não botam ovos da páscoa. Ele é
apenas um símbolo que representa fertilidade.
— Então eu não vou ganhar ovos da páscoa?
— Claro que sim querida, mas não foram feitos pelo coelho,
compramos no supermercado. Eles estão escondidos debaixo de sua cama.
A menina então correu para pegar os ovos de chocolate e
ficou muito feliz.
Sarah não deixou de gostar do coelho por causa do ocorrido,
mas agora ela sabia que coelhos não botam ovos, muito menos de chocolate.
Moral da história
A inocência de uma criança é algo que deve ser preservada ao máximo possível. Mas existem momentos em que a verdade é a única solução e coisa a ser dita.
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