quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A árvore da floresta escura

Floresta escura


Em uma floresta muito escura e sombria vivia uma árvore com poderes especiais. Ela tinha o dom de falar com todos os seres que viviam na floresta e também com os seres humanos.
Ouvia-se um boato de que a árvore era muito sábia e tinha a resposta para qualquer pergunta, mas ninguém sabia se aquilo era verdade, todos tinham medo de entrar na floresta.
No reino próximo dali existia um jovem chamado João, ele queria muito se casar com uma linda moça que ali morava. No entanto, existia outro pretendente, a moça que se chamava Catherine não sabia com qual dos dois ficaria. João era pobre e Luís tinha grande riqueza e também era muito valente, mas isso não importava para Catherine.
Para acabar com a indecisão ela chamou os dois e disse:
— Quero me casar, mas tenho que escolher um dos dois. Aquele que me trouxer uma flor da Rosa negra terá minha mão em casamento. Vence quem chegar primeiro.
Os dois ficaram de boca aberta. A Rosa negra só era encontrada na floresta sombria, todos tinham medo de ir até a floresta. Mas não tinham escolha se quisessem se casar com Catherine.
Luís tinha um belo cavalo e saiu na frente, João tinha que caminhar até chegar à floresta, sua derrota seria certa.
Quando chegou à floresta, Luís logo começou a procurar pela Rosa negra, mas ao se aproximar de uma grande árvore ele ouviu uma voz que dizia. — O que procura?
Ele ficou assustado e olhou para todos os lados, mas não viu ninguém. Novamente a voz disse: — O que procura?
Luís acreditou que aquilo era um fantasma e saiu correndo, deixando seu cavalo para trás.
Algum tempo depois João chegou à floresta, caminhou por todos os lados e nada encontrou, de repente avistou um cavalo próximo a uma árvore. Ele se aproximou, mas não viu ninguém.
De repente ouviu a voz. — O que procura?
João ficou assustado, mas teve coragem para responder, mesmo sem saber de onde vinha aquela voz aterrorizante.
— Quem está aí? — perguntou ele.
— Sou eu, a árvore que estou falando.
João já havia ouvido falar sobre a árvore falante, mas não acreditava que aquilo era verdade. Então ele respondeu — Estou procurando a Rosa negra, sabe onde posso encontrá-la?
— Claro que sim, a Rosa negra cresce sobre meus galhos, basta subir e pegá-la — respondeu ela.
João olhou para cima e viu um pé de rosas cheio de flores, ele então subiu na árvore e pegou apenas uma flor. Ele então agradeceu a árvore e montou no cavalo que estava ali e retornou para casa. Ele estava muito triste, porque sabia que não chegaria primeiro.
Quando se aproximou da casa de Catherine ele a avistou esperando junto à porta. Ela então correu para seus braços, pegou a rosa e lhe deu um beijo. 
Os dois se casaram e viveram felizes para sempre.

Moral da história: a esperança é a última que morre, mesmo quando acreditamos que tudo está perdido a vida pode nos surpreender. Nem sempre vence o mais forte, mas sim aquele que escuta o que os outros têm a dizer e segue pelo caminho correto.

Fim

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

O dragão amigo

Dragão amigo


Em um reino encantado atrás das montanhas existia um lugar chamado Paraíso. Apesar do nome os moradores não viviam em paz, pois ali também vivia um enorme dragão que aterrorizava a todos.
Sempre que o dragão sobrevoava o reino todos se escondiam dentro de suas casas com medo dele.
Certo dia o dragão apareceu no ar cuspindo fogo pelo céu, todos saíram correndo, mas esqueceram uma menina para trás. Ela se chamava Ester e gostava muito de animais e por isso não tinha medo do dragão.
Ela ficou ali olhando para o céu enquanto o dragão se aproximava. Algumas pessoas olharam pela fresta das janelas, mas ninguém teve coragem de socorrê-la.
Pensavam que era melhor deixá-la morrer em troca da segurança dos outros.
O dragão então se aproximou e desceu em sua frente.
— Você vai me devorar? — perguntou Ester.
— Por que eu faria isso?
— Porque você é um dragão mau — respondeu Ester.
— Eu jamais faria mal para seu povo, eu me alimento apenas de animais, mas seu povo praticamente acabou com todos os alces e ursos da região. Agora não consigo encontrar comida para meus filhotes.
— Eu sei onde tem bastante, se me levar para passear eu lhe mostro onde é.
O dragão então abaixou a cabeça e Ester subiu em seu pescoço se agarrando fortemente. Logo ela estava sentindo a brisa em seu rosto e podia ver todo o reino lá do alto.
— Siga naquela direção — disse ela.
Eles então se aproximaram do reino vizinho onde existia uma grande fazenda de gado. O dono era um rei muito mal e perverso.
— Aqui tem um monte de comida. Venha escondido e leve um sempre que precisar. Sei que ele não precisa de tudo isso.
O dragão então agradeceu a Ester e a levou de volta ao seu reino sã e salva.
Ester ficou muito feliz por ter ajudado o dragão e ainda ter sobrevoado todo o reino.
— Você está viva!
— Disseram assustados.
— Sim! — O dragão não é mal, ele apenas não tinha mais comida porque nós acabamos com todos os animais da floresta. Eu lhe ajudei a encontrar comida e ele foi embora.
De agora em diante vamos proteger a floresta para que os animais possam se reproduzir novamente.
— E se faltar comida? — perguntou um homem.
— Se isso acontecer sei quem poderá trazer comida para nós — respondeu ela toda sorridente.

Fim

Moral da história: muitas vezes a ajuda de que precisamos vem daqueles que menos esperávamos.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Lacinho azul



Em uma vila em um lugar muito distante vivia uma menina que se chamava Lacinho azul, tinha esse apelido por causa das fitas que usava para prender seus cabelos.
Certo dia sua mãe lhe pediu para que fosse até a outra vila levar um pedaço de bolo para sua vozinha que estava doente.
— Leve esse pedaço de bolo para sua vó, mas tome cuidado com o lobo, fique longe da floresta.
— Tudo bem mamãe.
Lacinho azul saiu caminhando alegremente com sua cesta. Depois de caminhar um pouco ela decidiu tomar um atalho pela floresta. De repente foi surpreendida por um lobo.
— Olá! — Onde você vai com esta cesta? — perguntou o lobo.
— Vou visitar minha vovozinha que está doente e levar um pedaço de bolo para ela.
— Humm! — Este bolo deve estar delicioso?
— Está mesmo — respondeu Lacinho azul.
Ela então se despediu do lobo e continuou sua caminhada.
O lobo era muito esperto e pegou um atalho até a casa da vovozinha, mas Lacinho azul também era esperta e saiu correndo e chegou primeiro na casa da vovó.
Ela então disse para sua vozinha se esconder e depois de vestir a roupa da avó deitou na cama esperando o lobo.
O lobo então bateu na porta.
— Quem é? — perguntou ela.
— O lobo então fingiu ser Lacinho azul e entrou na casa.
— Nossa! — Como você cresceu Lacinho azul — disse ela espantada
— São seus olhos — disse o lobo.
— Nossa! — Como seu nariz está grande.
— Assim eu posso cheirar melhor — disse o lobo e aspirou o ar ao seu redor sentindo o cheiro delicioso do bolo.
— Que cheiro delicioso é esse? — perguntou o lobo.
— É o bolo que fiz para você minha querida netinha que veio me visitar.
Então o lobo pegou o bolo que estava sobre a mesa e o devorou todo de uma vez. Logo em seguida ele começou a ficar vermelho e a soltar fogo pela boca. Ele saiu correndo pela floresta procurar água para beber e nunca mais foi visto.
Lacinho azul havia enchido o bolo de pimenta. Ela pregou uma lição no lobo que nunca mais ia querer saber de devorar sua vovozinha. Ela então disse para sua vozinha sair do armário e se deliciaram com o pedaço de bolo que estava escondido em baixo da cama.

Fim

terça-feira, 24 de outubro de 2017

A raposa preguiçosa

Raposa preguiçosa


Em uma floresta vivia uma raposa que era muito, mas muito preguiçosa. Por esse motivo só saía em busca de comida quando já estava com bastante fome.
Ela procurava sempre em lugares fáceis de encontrar comida, se alimentava de filhotes de animais que encontrava sozinhos na mata e também comia ovos que encontrava facilmente em ninhos.
Certa vez a raposa se distanciou um pouco mais caminhando na floresta e encontrou uma clareira. Ela observou e viu que existia um galinheiro e pensou.
— Agora eu não vou mais precisar procurar comida todos os dias. Quando eu estiver com fome é só pegar uma galinha e pronto.
E assim fez a raposa. Ela esperou escurecer e sorrateiramente entrou no galinheiro e apanhou uma galinha e fugiu para a mata.
O dono das galinhas escutou a barulheira e foi ver o que estava acontecendo, mas nada encontrou.
Nos dias seguintes foi a mesma coisa. Ou a raposa comia uma das galinhas ou devorava os ovos que estavam nos ninhos. Como a vida estava muito boa, a raposa preguiçosa não se preocupava mais em procurar comida. Ali ela tinha fartura todos os dias. Nem ao menos se distanciava muito para se esconder na mata.
O dono do sítio estava triste por causa do prejuízo com o sumiço das galinhas e dos ovos, mas não sabia qual animal estava fazendo aquilo. Certo dia pela manhã ele foi limpar a mata ao redor do sítio para tentar afastar os animais selvagens. Para isso usou um trator e empurrou a galhada que estava caída e cheia de arbustos. Depois daquele dia nunca mais sumiu uma galinha e nenhum ovo.
A raposa dormia tranquilamente por debaixo dos arbustos e por causa de sua preguiça nem ao menos viu o que causou a sua morte.

Moral da história: muitas vezes estamos acomodados e nem ao menos percebemos os perigos que podemos enfrentar na vida. Tudo o que é muito bom ou muito fácil dura pouco, não existe recompensa que dure sem um mínimo de esforço.

Fim